Imaginar precisar de ajuda para realizar tarefas básicas do dia a dia, como tomar banho, vestir-se ou preparar uma refeição, pode ser assustador. Para muitos, essa realidade surge com o avanço da idade, doenças crónicas ou deficiências. É verdade que, nestas situações, o Apoio Domiciliário oferece um suporte crucial para quem mais precisa. No entanto, por trás da assistência prática, residem desafios emocionais que tanto os clientes quanto as suas famílias enfrentam.
Neste artigo, exploraremos esses desafios em ambas as perspetivas, procurando compreender as dificuldades e necessidades que surgem nesse contexto. Divulgamos, também, algumas estratégias para promover o bem-estar emocional.
O Apoio Domiciliário e as suas implicações?
O apoio domiciliário consiste na prestação de cuidados e serviços a pessoas que necessitam de apoio nas suas atividades diárias, no conforto da sua própria casa. Este tipo de suporte pode incluir desde ajuda com as tarefas domésticas e higiene pessoal, confeção da alimentação ao gosto do cliente, até acompanhamento ao médico e psicológico, administração de medicação prescrita, gestão do receituário e apoio social.
Para quem recebe os cuidados, o apoio domiciliário pode significar a diferença entre poder manter a sua independência e ter de se mudar para um lar de idosos ou outra instituição. No entanto, a adaptação a esta nova realidade pode ser complexa e trazer consigo diversos desafios emocionais.
A perspetiva do Cliente
Os desafios das pessoas que recebem apoio domiciliário
Perda de independência e autonomia
A dependência de cuidados externos pode ser difícil de aceitar, especialmente para pessoas que sempre foram independentes. Essa perda de autonomia pode levar a sentimentos de frustração, tristeza e até mesmo raiva.
Isolamento social e solidão
Por vezes, as pessoas tendem a isolar-se, principalmente se a pessoa já tiver dificuldades de locomoção ou interação social. A solidão pode agravar os sentimentos de tristeza, depressão e ansiedade.
Duelo pelo passado
Lidar com as mudanças físicas e cognitivas que vêm com a idade ou com uma doença crónica pode ser um processo de luto. A pessoa pode sentir saudades da sua vida anterior, da sua capacidade de fazer as coisas por si mesma e da sua independência.
Medo do futuro e da incerteza
O futuro pode parecer incerto e assustador para quem depende de terceiros. A pessoa pode ter medo do que lhe espera, da progressão da sua doença ou da dependência cada vez maior de outras pessoas.
Problemas de comunicação e relacionamento
A comunicação com os cuidadores e familiares pode ser difícil, especialmente se a pessoa tiver problemas de fala ou audição. Isso pode levar a frustrações, mal-entendidos e sentimentos de isolamento.
As estratégias para promover o bem-estar emocional:
Cultivar autonomia
Encontrar atividades que ainda possam ser realizadas de forma independente, valorizando as habilidades e talentos preservados.
Manter contacto social
Participar em grupos de apoio, atividades sociais ou hobbies que promovam a interação com outras pessoas.
Praticar atividades físicas
Realizar exercícios físicos regulares, conforme as suas possibilidades, para melhorar o humor e a autoestima.
Procurar apoio psicológico
Consultar um psicólogo para lidar com as emoções difíceis, desenvolver mecanismos para enfrentar e fortalecer a saúde mental.
Comunicar-se abertamente
Expressar livremente os seus sentimentos, necessidades e desejos aos cuidadores e familiares, procurando soluções conjuntas para os desafios.
A perspetiva da Família
Os desafios para as famílias das pessoas que recebem apoio domiciliário
Culpa e impotência
As famílias podem sentir-se culpadas por não poderem cuidar dos seus familiares sozinhas e terem de recorrer ao apoio domiciliário. Essa culpa pode ser acompanhada por sentimentos de impotência e frustração.
Dificuldades de comunicação
A comunicação entre familiares e cuidadores pode ser desafiadora, especialmente se houver diferentes opiniões sobre os cuidados a prestar ou sobre o futuro da pessoa. Isso pode levar a conflitos e ressentimentos.
Stress familiar
Cuidar de um familiar com dependência pode ser muito stressante para toda a família. As tarefas diárias, a gestão dos cuidados e as preocupações com o futuro podem sobrecarregar os familiares, levando a problemas de saúde física e mental.
Problemas financeiros
O apoio domiciliário pode ser um encargo financeiro significativo para as famílias. Os custos associados aos cuidados, equipamentos e outros serviços podem ser difíceis de suportar, especialmente para famílias com recursos limitados.
As estratégias para promover o bem-estar emocional:
Promover comunicação aberta
Dialogar abertamente com o familiar sobre os seus sentimentos, necessidades e expectativas relativamente ao Apoio Domiciliário.
Valorizar o papel dos cuidadores
Reconhecer a importância do trabalho dos cuidadores e oferecer apoio emocional e prático para facilitar o seu trabalho.
Compartilhar responsabilidades
Dividir as tarefas de cuidado entre os membros da família, evitando sobrecarga e promovendo um ambiente mais tranquilo.
Cuidar de si
Procurar tempo para relaxar, cuidar da saúde física e mental e realizar atividades que lhe tragam prazer, evitando o esgotamento emocional.
Os desafios emocionais do apoio domiciliário são reais e devem ser reconhecidos e abordados com cuidado. O bem-estar emocional é essencial para a qualidade de vida tanto das pessoas que recebem o Apoio Domiciliário quanto das suas famílias. Através da implementação de estratégias adequadas e do apoio mútuo, é possível superar os desafios e construir um ambiente familiar mais positivo e acolhedor.
Através da comunicação aberta, do trabalho em equipa e da procura de ajuda profissional, é possível superar estes desafios e garantir que a experiência do apoio domiciliário seja o mais positiva possível.
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